Mulheres na TI

Mulheres Tech – Insights do nosso Webinar especial do mês as mulheres.

Mulheres Tech – Insights do nosso Webinar especial do mês as mulheres.

No último dia 14 tivemos nosso primeiro Webinar Marttech e destinamos esse palco à discussão sobre mulheres no mundo da tecnologia.

Contamos com a presença da professora Vanessa dos Anjos Borges, Mestra em Ciência da Computação, linha de pesquisa de Engenharia de Software, pela UNESP. Graduada em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Faculdade de Tecnologia de Presidente Prudente.

Durante essa conversa especial pudemos levantar alguns insights sobre o tema e, mantendo nossa missão de mudar a realidade das mulheres no mundo da tecnologia, trouxemos para o nosso blog esse tema tão relevante para a contribuição da luta das mulheres pela equidade de gênero.

Confira tudo que rolou nesse momento incrível e aproveite para assistir a gravação através do link: https://www.youtube.com/watch?v=GC_9tE_4XJI.

MULHERES NA TECNOLOGIA

Infelizmente, a realidade das escolas, centros educacionais, cursos de extensão ou graduação tech nos faz refletir sobre a dificuldade estrutural que temos em relação ao acesso à educação tecnológica, uma vez que há certa discrepância no número de pessoas que ingressam nos cursos e que efetivamente o finalizam. 

Quando viramos essa “lupa” para o universo feminino, essa diferença se mostra ainda mais evidente. Podemos contar nos dedos as mulheres que se formam no ramo tecnológico, sendo necessário fomentar a abertura deste espaço para realmente tornar possível o ingresso de mais alunas no setor.

A professora Vanessa dos Anjos nos trouxe a realidade vivida na FATEC enquanto professora, de que em tantas turmas aplicadas nos cursos de ADS, pode se contar apenas 8 mulheres presentes (aproximadamente), o que mostra o reflexo do que enxergamos na nossa sociedade como um todo, onde as mulheres ainda tem menos espaço que os homens, pois ao visualizarmos o mercado de trabalho ou um curso superior, notamos que a presença das mulheres ainda é um obstáculo.

Precisamos trazer as mulheres para enxergar que esse mundo também é delas!

Contextualizando nosso estudo, alguns dados relevantes sobre o mundo corporativo e como as mulheres estão inseridas nele foram trazidos à discussão, nos mostrando no cenário global corporativo (pré-pandemia), a ocupação de mulheres nestes cargos.

Segundo dados, mulheres de 30 a 49 anos que ocupavam cargos de gerência e diretoria em 2003 totalizavam 32,3% e 31,9%, respectivamente, sendo que em 2017 esses números aumentaram para 39,2% e 42,4%.

Isso mostra o reflexo de um crescimento no reconhecimento dos direitos das mulheres nas corporações, mas na contramão destes dados, quando olhamos exclusivamente à área de computação, as mulheres vêm perdendo sua participação.

A presença feminina, tanto em cargos operacionais quanto em cargos de chefia, vem diminuindo nos últimos anos. 

Em 2007 as mulheres compunham cerca de 24% da força de trabalho no ramo tecnológico, já em 2017 as mulheres compuseram aproximadamente 20%.

Pensando que os profissionais da área têm subido muito nos últimos anos, a ocupação de mulheres em empresas deveria acompanhar o crescimento, mas não é isso que os dados apontam. 

Nos cursos superiores em STEM, segundo dados do Censo da Educação Superior de 2016, apenas 20% dos estudantes desses cursos são mulheres. 

A professora Vanessa nos apontou também, em sua vivência pessoal, a mudança em sua visão no decorrer dos anos, sobretudo ao tornar-se mãe, em como as coisas ficaram diferentes em sua mente, sobre a vontade de se posicionar mais no assunto e estudar cada vez mais os dados relativos ao tema.

Historicamente, temos grandes mulheres que se tornaram referência na área tecnológica. Ada Lovelace, por exemplo, foi considerada a primeira programadora do mundo, desenvolvendo o primeiro algoritmo na máquina analítica de Charles Babbage.

Ada foi responsável pela definição de técnicas importantes para a programação de computadores, como a estrutura de seleção IF-THEIN e conceito de tipos de dados.

Hoje, se usamos esse tipo de seleção, é graças a essa grande mulher!

Na segunda guerra mundial tivemos grandes esforços no setor tecnológico e devido a necessidade de os homens estarem a frente da batalha, grandes mulheres foram responsáveis por operarem o ENIAC, computador criado com o intuito de ajudar em cálculos balísticos, 

Foram selecionadas seis mulheres para fazer o trabalho de operar este computador e exerceram um trabalho fenomenal. 

A irmã Mary Kenneth foi a primeira mulher doutora em computação, defensora da participação de mulheres na área e realizava vários esforços para o processo de educação. Além disso, ela foi uma das mulheres que contribuiu com o desenvolvimento da linguagem de programação BASIC, gerando também grandes avanços pro setor tecnológico. 

Outra mulher que merece destaque na discussão, é a Analista de Sistemas da marinha Grace Hopper, que contribuiu para o desenvolvimento da linguagem de comunicação COBOL, utilizado até hoje, principalmente para programas de mainframes.

Ainda, contribuiu com a criação de inúmeros termos, como “BUG” e “DEBUGGING”, ainda usados por inúmeros programadores e até mesmo leigos no assunto.

Dorothy Johnson, bacharel em ciências, foi a primeira supervisora negra da NASA, na área da computação. Seus esforços em FORTRAN fizeram diferença nos cálculos das missões espaciais, sendo considerada uma das mentes mais brilhantes de seu tempo.

Inclusive, sua história deu origem ao filme recente e conhecido, “Estrelas além do tempo”, que conta a história sob uma ótica linda e comovente. 

Estes exemplos históricos tiveram grande relevância no cenário global, sobretudo para o pleno desenvolvimento do setor tecnológico e contribuíram de maneira extensa no avanço da sociedade.

Falando em exemplos mais recente, podemos ainda apontar grandes nomes, como de Susan Diana Wojcicki, grande contribuidora para o Google; Ginni Romethy, CEO da IBM; Ursula Burns, CEO da Xerox; Safra Cats, CEO da Oracle; Shery Kara Sandberg, chefe operacional do Facebook, entre várias outras.

Veja, esses nomes até hoje reverberam seus ensinamentos e contribuições e mostram a força e a capacidade das mulheres no ramo tecnológico. 

Mas hoje cabe-nos uma reflexão: “como incentivar a participação de mulheres na TI?”

Muitos programas estão em vigor atualmente e que visam justamente essa luta, dentre eles elencamos:

– Ms. Geek Africa, uma competição inspirada pela Ms. Geek Rwanda, que visa inspirar mais meninas na ciência, tecnologia, engenharia e matemática, criando soluções para os desafios enfrentados por mulheres nestes setores, por toda a comunidade e em toda a África. 

– Projeto Meninas Digitais, criado pela Sociedade Brasileira da Computação, o programa tem por objetivo incentivar a participação de meninas, principalmente estudantes do ensino fundamental e médio, para que conheçam melhor a área da computação e se sintam motivadas a seguir nesta carreira.

Ainda é necessária uma conscientização por parte da sociedade, de dar realmente espaço para mulheres e incentivar o seu ingresso no setor.

As mulheres também podem pertencer a esse meio, mesmo diante de alguns obstáculos e dificuldades, o lugar de mulher é onde ela quiser!

Tragam visibilidade e reconhecimento para as mulheres tech que vocês conhecem, pois essa área precisa de mais pluralidade. A tecnologia é o futuro e as mulheres podem fazer cada vez mais parte disso. 

Lembramos que hoje temos vagas abertas para trabalhar na Marttech, e nosso intuito é trazer cada vez mais mulheres tech para somar em nossa empresa.

Vamos juntos mudar a realidade de mulheres no setor da tecnologia!

Obrigado pelo nosso encontro e vamos juntos!

Continuem ligados em nossas redes para fazer parte de nosso próximo Webinar. 

A tecnologia tem mudado rapidamente a maneira como vivemos, por isso, hoje em dia, é difícil imaginar a educação sem recursos digitais presentes na sala de aula e nos processos de aprendizagem. Atualmente, um desses recursos tem gerado muitos debates com relação seu uso adequado e efetivo, por isso, neste artigo vamos explorar os impactos do chatGPT na educação. Continue a leitura e confira.